Data: 16/03/2018 Tempo: 03min de leitura Categoria: Cadeia Produtiva Visualizações: 592 visualizações
Por: CNC

O segundo dia de palestras do II Seminário Senac de Gastronomia Saberes e Sabores, promovido em 14 de março, debateu a produção de alimentos no Brasil e o poder transformador da gastronomia na sociedade. O seminário está sendo realizado durante o Sirha São Paulo, que tem o apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na primeira palestra, Conexão do Homem com a Natureza, a jornalista Ailin Aleixo, do site Gastrolândia, falou sobre o desconhecimento pela população da forma de produção dos alimentos no País e no mundo. Com dados de órgãos internacionais, Ailin criticou os limites altos permitidos para o uso de agrotóxicos no Brasil e a falta de cuidado com a sustentabilidade na produção de carne.

Segundo a jornalista, é preciso que os consumidores tomem consciência da origem dos alimentos que consomem. “As nossas escolhas cotidianas de comida influenciam muito mais do que só o nosso paladar. Refletindo sobre a origem dos alimentos, podemos estar contribuindo ainda mais para a sustentabilidade do nosso planeta”, afirmou.

Ela também falou sobre o futuro da indústria de alimentos, com mais ingredientes de origem orgânica e produção sustentável, como carne recriada em laboratório ou feita com ingredientes vegetais, leites de soja, de coco, entre outros.

Gastronomia em cadeia 

É preciso pensar a produção gastronômica como uma cadeia, em que todos os agentes têm impacto uns sobre os outros e são importantes para a economia local. Essa foi uma das conclusões da palestra A Transformação da Sociedade pela Gastronomia, proferida por João Lima, assessor especial para Gastronomia do Governo do Estado do Ceará, e Ivan Prado, assessor técnico em Gastronomia do Senac Ceará.

Os palestrantes apresentaram os principais aspectos que fazem a gastronomia ter um papel relevante na economia, mas que nem sempre tem seu valor reconhecido, porque os agentes (produtores, comerciantes, restaurantes, hotéis, agências de turismo, fornecedores, entre outros) são vistos de forma isolada. Por isso, segundo eles, não existem muitas políticas públicas voltadas para o segmento. “Quando a gente começa a entender os números da gastronomia, as políticas governamentais começam a aumentar”, avaliou João Lima.

Nesse processo, pensar em cadeia e como essa cadeia pode se unir em busca de um bem comum pode ser a chave para a valorização da cultura gastronômica local e o fortalecimento da categoria como agente importante do desenvolvimento econômico. “O produtor precisa entender o papel dele dentro da cadeia, o que e como ele está produzindo e os cuidados com a qualidade do produto, pois tudo isso reverbera na cadeia como um todo”, disse Ivan Prado. “Cada um desses pontos da cadeia representa uma fonte de riqueza, um pedaço do PIB de um estado”, complementou João Lima.

A importância do turismo como incentivador e divulgador da gastronomia também foi ressaltada na palestra, assim como a importância de se organizar em grupo para reivindicar melhores condições para o desenvolvimento do negócio. Nesse sentido, os palestrantes apresentaram o trabalho da Frente Gastronômica Cearense, uma associação entre empresários, chefs e agentes públicos que trata dos interesses do segmento no Ceará. Também foi apresentada a nova escola de gastronomia do Senac no Estado, a ser inaugurada em breve, que terá um modelo de ensino voltado para os alunos aprenderem a pensar a cadeia produtiva da gastronomia como um todo. “Entender de onde vem a comida é mais um incentivo e fortalece a cultura gastronômica local”, finalizou Ivan Prado.

O II Seminário Senac de Gastronomia é realizado em parceria com a CNC e tem o apoio da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS). O Sirha São Paulo vai até o dia 16 de março, às 22 horas, na São Paulo Expo, em São Paulo. O Sistema CNC-Sesc-Senac está com um estande no início do Pavilhão 4, e o Senac foi escolhido como Escola Gastronômica Oficial do evento.

Fonte: CNC (16/03/18)

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