Data: 09/09/2021 Tempo: 03min de leitura Categoria: Alimentação Visualizações: 833 visualizações
Por: Senac SC

Com o crescimento do delivery e os aplicativos de entregas, uma nova tendência no mercado de food service ganhou ainda mais espaço na pandemia: a Dark Kitchen. Mas não se trata de uma cozinha escura ou assustadora como sugere o nome. E sim, uma proposta de negócio que atende apenas a comercialização de refeições online, sem o formato de um restaurante tradicional.

Na modalidade Dark Kitchen não existe um ambiente onde os clientes saboreiam os pratos e nem atendimento presencial. Não é à toa que este modelo também ficou conhecido como “restaurante fantasma” ou “cozinha virtual”. Dessa forma, a cozinha é dedicada exclusivamente aos preparos para entrega, seja no delivery ou take away.

“Com o distanciamento social e a prática do home office, a mudança de hábito de compra dos consumidores foi acelerada. Tudo isso beneficiou esse formato – que trabalha exclusivamente com vendas online. O baixo investimento inicial e a possibilidade de começar dentro de casa mesmo estão entre os atrativos que popularizam este modelo durante a pandemia”, analisa Nathália Bernardinetti, gestora do Observatório da Gastronomia SC.

Experiência gastronômica em casa

O conceito de Dark Kitchen seria inimaginável há alguns anos, mas sofreu um “boom” graças ao crescimento do delivery. Assim, o que era um diferencial de mercado se tornou uma real necessidade para os restaurantes na pandemia. Especialmente com a “uberização” das entregas.

Isso significa que a demanda dos consumidores na era digital aliada às novas tecnologias transformou também a cozinha. Dessa forma, levando verdadeiras experiências gastronômicas para dentro de casa. Certamente, com os processos mais enxutos na Dark Kitchen, o foco passa a ser somente no cardápio e a personalização das receitas.   

Com o modelo Dark Kitchen, empreendedores passam a apostar em ideias inovadoras para se destacar no mercado. Do desenvolvimento de passo a passo de receitas até a distribuição de temperos em embalagens criativas. Tudo isso em um espaço menos improvisado e com equipes mais qualificadas.  

“A competitividade vai proporcionar produtos de maior qualidade com propostas cada vez mais inovadoras. Além disso, com a crescente procura por alimentos de delivery, a Dark Kitchen precisa buscar diferenciais. Tais como preço, opções atrativas no cardápio e até mesmo brindes e mimos na hora da entrega. Isso proporciona experiências inovadoras a este consumidor”, acredita Felipe Martins, analista do eixo de Gastronomia do Senac SC. 

Dark Kitchen: vantagens 

Entre as vantagens estão os custos mais baixos na operação, já que não é preciso investir em pontos comerciais concorridos para um serviço competitivo. Ou em um grande número de funcionários para fazer o atendimento, como garçons e recepcionistas, por exemplo. 

O uso da tecnologia também está presente. Tanto na maneira de realizar os pedidos por aplicativos de entrega ou de mensagens no celular quanto no acesso ao cardápio e formas de pagamento. “O conceito de Dark Kitchen também permite que a empresa compartilhe a cozinha com outras empresas em períodos ociosos, reduzindo ainda mais as despesas com o negócio”, revela Nathália. 

Desafios da Dark Kitchen

Por se tratar de um modelo novo de negócio, o empreendedor precisa encarar grandes desafios, entre eles:

  • Fidelização dos clientes – afinal, não existe um ambiente com decoração, música (e ou cheirinho do preparo da comida) para uma experiência mais sensorial com o produto. Dessa forma, é preciso pensar em novas formas de surpreender os consumidores.
  • Construção da marca – é necessário investir em estratégias de marketing, segmentar o público e apostar numa comunicação visual que identifique a marca. 
  • De olho nas embalagens – da mesma forma, o desafio é encontrar embalagens atraentes, sustentáveis e personalizadas. Contudo, precisam garantir que a comida não esfrie e nem fique “misturada” ao chegar na casa dos clientes.
  • Serviço de entregas – serviço de entregas também precisa ser planejado. Assim, é fundamental pensar no raio de entrega ou parceiros para este serviço, já que para muitos empreendedores as taxas do marketplace podem tornar o negócio inviável.
  • Boa comunicação – ter um perfil com boas fotos nas mídias sociais também está entre as melhores formas de divulgar os diferenciais do seu cardápio na Dark Kitchen. Inegavelmente, uma comunicação clara e consistente com o público é uma ferramenta essencial para o crescimento do negócio.

Quer saber mais sobre as tendências do mercado gastronômico? Acesse os cursos de Produção Alimentícia do Senac SC.

Fonte: Artigo originalmente publicado no Blog do Senac SC
Crédito imagem de capa: iStock

Também pode
te interessar:

Eventos relacionados a Cidade Criativa Unesco da Gastronomia – Florianópolis (1º semestre 2024)
Data: 04/04/2024 Tempo: 01min Categoria: Cidade Criativa

Eventos relacionados a Cidade Criativa Unesco da Gastronomia – Florianópolis (1º semestre 2024)

Compilados de eventos informados pela Associação FloripAmanhã relacionados a Cidade Criativa Unesco da Gastronomia

Florianópolis recebe em agosto I Encontro Brasileiro das Cidades Criativas Unesco da Gastronomia
Data: 22/03/2023 Tempo: 02min Categoria: Institucional

Florianópolis recebe em agosto I Encontro Brasileiro das Cidades Criativas Unesco da Gastronomia

Florianópolis receberá em agosto a 1ª edição do Encontro Brasileiro das Cidades Criativas Unesco da Gastronomia. A

Temporada da maçã propicia turismo de experiência na serra catarinense
Data: 02/03/2023 Tempo: 03min Categoria: Cadeia Produtiva

Temporada da maçã propicia turismo de experiência na serra catarinense

Santa Catarina é um importante produtor de maçãs no Brasil, com diversas regiões do estado dedicadas à produção